Estratégias de canais de marketing | T03:E11 Marketing

Cada marca tem sua própria jornada, e um dos maiores desafios é escolher os caminhos certos para chegar até o público. Com tantas opções disponíveis, muitas empresas acabam espalhando esforços sem estratégia, tentando estar em todos os lugares ao mesmo tempo e desperdiçando recursos. Outras, por outro lado, apostam tudo em um único canal e se tornam dependentes de um único fluxo de tráfego.

O equilíbrio está na estratégia. Definir os canais certos para o marketing da empresa não é só uma questão de onde o público está, mas de como a marca quer ser percebida e da experiência que quer proporcionar. Marcas fortes não apenas distribuem conteúdo… elas criam jornadas coerentes para o cliente, conectando cada ponto de contato de maneira estruturada.

Já falei sobre marketing integrado e consistência na comunicação no episódio T03:E04. Se cada canal transmite uma mensagem diferente, sem um fio condutor, a marca se torna confusa e perde força. Estratégia de canais não significa apenas estar presente, mas estar presente do jeito certo, no lugar certo e com a abordagem certa.

Offline e online: uma estratégia complementar

Embora o digital tenha revolucionado o marketing, os canais tradicionais continuam sendo essenciais para muitas empresas. TV, rádio, outdoor, mídia impressa, eventos presenciais e até o boca a boca desempenham um papel estratégico, especialmente para fortalecer a autoridade e gerar reconhecimento de marca em massa.

Campanhas na TV e no rádio, por exemplo, ainda têm grande impacto para públicos amplos e diversificados, ajudando a criar familiaridade com a marca. Eventos e feiras de negócios possibilitam interações diretas, aumentando a confiança e o engajamento. Outdoors e mídia impressa reforçam a presença da marca em locais estratégicos, alcançando públicos que não necessariamente consomem tanto conteúdo digital.

Muitas marcas cometem o erro de enxergar o digital e o offline como mundos separados. Mas, na prática, as estratégias precisam se complementar. Uma campanha pode começar na TV e direcionar o público para um canal digital, onde ele pode continuar sua jornada de compra. Da mesma forma, ações online podem ser impulsionadas por materiais impressos, ações presenciais e parcerias estratégicas em pontos de venda físicos.

Essa integração entre o físico e o digital é o que realmente fortalece a percepção da marca. No episódio sobre marketing como aliado na gestão de mudanças (T03:E08), falei sobre como o público espera consistência da empresa em todas as interações. O mesmo vale para os canais de marketing: não importa onde o cliente entre em contato com a marca, a experiência precisa ser contínua e coerente.

Canais pagos, orgânicos e híbridos: como escolher

Os canais de marketing se dividem em três grandes grupos: pagos, orgânicos e híbridos. Cada um tem um papel específico dentro da estratégia, e a forma como são combinados define o impacto final.

Os canais pagos, como anúncios em redes sociais, Google Ads, comerciais de TV e rádio, permitem uma rápida escalabilidade e alcance imediato. Eles são fundamentais para gerar tráfego e captar novos clientes, mas precisam estar alinhados a uma estratégia de conversão para garantir retorno.

Os canais orgânicos, como SEO, redes sociais, marketing de conteúdo, relações públicas e indicações, constroem presença de longo prazo. Eles fortalecem a reputação da marca e criam um vínculo genuíno com a audiência. Mas, como demandam tempo para gerar resultados, precisam ser trabalhados de forma estratégica para garantir consistência.

Os canais híbridos unem o melhor dos dois mundos. Empresas que combinam tráfego pago com estratégias orgânicas conseguem ter crescimento escalável sem perder a solidez da marca. Esse equilíbrio permite não só atrair novos clientes, mas também fidelizá-los e transformá-los em promotores da marca.

Essa abordagem conversa muito com o que falei na Temporada 2, no episódio sobre estratégia executiva e visão do líder sobre o mercado. Um gestor de alta performance não aposta tudo em uma única frente, ele diversifica e antecipa tendências. O mesmo vale para o marketing. Empresas que constroem sua presença em múltiplos canais, de forma bem estruturada, têm mais chances de permanecer relevantes independentemente das mudanças do mercado.

Omnichannel: integração total para uma experiência fluida

A evolução das estratégias de canais passa pelo conceito de omnichannel. O consumidor moderno não enxerga os canais de forma separada… ele apenas quer que sua experiência seja contínua e coerente, não importa por onde ele esteja interagindo com a marca.

Um exemplo clássico: um cliente vê um anúncio na TV, pesquisa o nome da empresa no Google e encontra seu site. Depois, recebe um e-mail marketing e visita a loja física para conhecer o produto. Se cada um desses pontos de contato passar uma mensagem diferente, a experiência se torna fragmentada e confusa.

O omnichannel resolve isso, garantindo que todos os canais conversem entre si e que a experiência seja única. No meu livro Marketing e Comunicação Digital: A Internet Otimizando Negócios, falo sobre como a internet mudou a forma das marcas se posicionarem e interagirem com o público. O consumidor não separa o online do offline… ele espera que tudo funcione de maneira integrada.

Na Temporada 1, quando falei sobre construção de confiança e credibilidade na liderança, mencionei como a coerência fortalece a percepção de uma marca. O omnichannel segue esse mesmo princípio. Se a empresa se posiciona de um jeito no digital e de outro na comunicação presencial, a credibilidade se perde. E quando isso acontece, a marca não se sustenta a longo prazo.

A estratégia de canais precisa ser intencional

No final das contas, a presença da marca nos canais certos não é uma questão de quantidade, mas de estratégia. Algumas empresas tentam estar em todas as redes sociais, investem em todas as mídias e abrem presença em todos os pontos de venda possíveis… mas sem um plano claro, isso só gera dispersão de esforços.

A estratégia certa leva em conta três pontos essenciais:

  1. Onde o público realmente está? De nada adianta investir em um canal se os clientes não estão lá ou não estão engajados.
  2. Qual é o objetivo do canal? Atrair, converter, fidelizar? Cada um tem sua função dentro da jornada do cliente.
  3. Os canais estão conectados entre si? O consumidor precisa sentir que está falando com a mesma marca, independentemente do caminho que escolheu para chegar até ela.

Se esses três pilares estiverem bem alinhados, a estratégia de canais deixa de ser um gasto e se torna um investimento inteligente. Porque no fim das contas, o que define o sucesso de um negócio não é estar presente em todos os lugares, mas estar nos lugares certos, do jeito certo e no momento certo.

O mercado muda o tempo todo… mas empresas que dominam seus canais de marketing conseguem se adaptar e crescer independentemente das oscilações.

Precisa de ajuda com a sua estratégia? Me chama! =D


 

@FelipeAPereira

Administrador de Empresas
Marketing, Gestão Estratégica, Comércio Exterior e Liderança de Alta Performance
Dale Carnegie Leader | S&OP | Enneagram of Personality #01
Autor do livro “Marketing e Comunicação Digital: a internet otimizando negócios”  

Mídias Sociais: Facebook | LinkedIn | X | Instagram
Podcasts: Spotify | iTunes Apple | Spreaker | Amazon Music | Deezer
Vídeo: YouTube | Vimeo
Texto: Medium